Capítulo 11 (Curso de 14 de fevereiro de 1991)
Neste
curso, Pierre Bourdieu desenvolve
cinco tópicos a partir de uma compreensão unificada, o mote de
como a onipresença do Estado é aceita como crível. Mote desenvolvido a partir da exposição de expressões fenomenológicas, expressões descritivas de seu conteúdo. No primeiro título a sociologia pode apresentar-se como algo restrito a especialistas e
também como algo a ser compreendido por não-iniciados, isto é, como sociologia esotérica/exotérica, e no segundo título, a relação
é expressa pelo binômio profissional / profano. O
terceiro e quarto títulos referem-se à relação da exposição da estruturação da ordem social pelo Estado com a
transposição da
doxa à ortodoxia e o enfrentamento da
heterodoxia. Como expressão
que aparece só no final do seu discurso, quinto título, a onipresença estatal é
referida como a
"transmutação do
privado em público" - como "o aparecimento do
Estado moderno europeu". Reproduzindo o que a sua sociologia já considerou como reprodução,
isto é, a ordem social reprodutora de tudo o que
muitos denominam Estado e aqui é
denominado de doxa,
de relação público-privado. Suas considerações parecem ser mais reminiscências durkheimnianas do que sintetizações weberianas,
denominadas a certa altura de sociologia crítica. Não demonstrando aquiescências heterônimas com a doxa sociológica, parecem neste capítulo as confirmações de que o Estado aí está e aí estão igualmente os que se adaptam dominados
pela pressões
materiais ou espirituais do fato social Estado.
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